O PT na prefeitura de Leme (2013-2016)
Uma visão geral sobre o governo Paulo Blascke e sua equipe.

Paulo Blascke comanda reunião do Secretariado, 2014
Aqui você vai ver uma pequena síntese das realizações da gestão petista em Leme.
No final do texto há links para as ações de algumas das secretarias.
Um projeto truncado e interrompido
Não é possível conhecer e avaliar a gestão do PT em Leme, dirigida pelo prefeito Paulo Roberto Blascke entre 2013 e 2016, sem considerar as condições em que aquela administração tomou posse e enfrentou no período. Quando Paulo assumiu o governo, o primeiro desafio foi o de estabelecer a governabilidade, na sequência de todas as confusões políticas que a cidade vivia a partir de Wagão, a cassação de Lema por crime eleitoral, e outras coisas. Era necessário retomar a confiança da sociedade, do poder legislativo, acostumado ao toma lá, dá cá, e de um funcionalismo público diverso e, não raro, dependente de favores pessoais e vícios muito antigos.
Outra ação emergencial importante era o combate à epidemia da dengue, que atingia milhares de pessoas na cidade. Com apoio de todo o governo e da sociedade os casos caíram drasticamente e em 2015, vencendo o mosquito.
Também desde o primeiro momento começamos os contatos para que Leme recebesse casas do programa minha casa minha vida, do governo federal. Foi um dos programas mais rapidamente aprovados e construídos junto à Caixa Econômica Federal graças ao trabalho sério e integrado de toda a administração. Além disso, conquistamos junto ao governo federal e parlamentares muitos outros recursos que chegaram à cidade durante o nosso governo e até no governo seguinte. Muito mais foi feito e é isso que você vai conhecer aqui e no resumo de cada área de atuação.
2013: O mandato deveria ter se iniciado em 2/janeiro/2013. Entretanto, apenas no dia 9 de abril é que Paulo Blascke (PT), segundo colocado, tomou posse.
Neste momento boa parte do orçamento do ano já havia sido comprometido, sendo que 65% dele já estava empenhado, agravado por um abono aos servidores, já aprovado pela Câmara, que iria consumir mais R$ 12 milhões de reais por ano, totalizando mais de R$ 45 milhões até o final do governo, ou seja, praticamente toda a capacidade de investimento em novas ações.
Além disso, o prefeito anterior deixou uma dívida de R$ 9,5 milhões de reais, o que agravou ainda mais a capacidade de ação neste primeiro ano.
Outro ingrediente importante era a indefinição jurídica – e os boatos de que Lema reassumiria – o que agravava a situação ao dificultar a montagem da equipe de governo (quem largaria outras funções em outros lugares para assumir por poucos meses?), bem como o início das ações exigidas.
Neste momento:
- Faltava um diagnóstico preciso da cidade, dada a falta de transparência da gestão anterior.
- Faltava uma equipe preparada e pronta para assumir de última hora. Bons técnicos moravam longe e não havia condições de trazê-los. Os secretários anteriores eram da cidade e já chegaram a ter uma gratificação extra – questionada pelo MP e suspensa. Muitos eram empresários que seguiam tocando seus negócios ou tinham outras fontes de renda – e para eles nada precisava ser mudado, a cidade estava perfeita (para eles...). Era bem diferente a situação do novo governo.
- Faltava um planejamento emergencial para o primeiro ano naquelas condições, sem dinheiro e sem orçamento, nem mesmo para contratar uma auditoria séria das finanças.
Foi montada então uma equipe para fazer um diagnóstico da administração e estabelecemos um planejamento situacional com algumas prioridades para fechar o ano. As ações essenciais foram definidas nas finanças, na saúde, na educação e na cultura.
Na Câmara, outro problema. O PT elegeu apenas uma vereadora, muito combativa, mas era apenas uma contra outros 16 vereadores acostumados a dividir o governo com o executivo, sabe-se lá a que preço...
2014: Após enfrentar os problemas ao longo de 2013, tomar pé da situação, levantar dados e planejar as ações – mesmo sem recursos – foi no ano de 2014 que o governo iniciou suas ações com orçamento próprio e com alguma capacidade de gestão. Foi o único ano de governo sem interrupção.
Entretanto, já no final deste ano começou o boicote descarado por parte de alguns vereadores, que votaram até contra o programa minha casa minha vida. Paulo Blascke, que tinha uma maioria frágil na Câmara, passa a ser mais vigorosamente chantageado pelos vereadores que tinham sido eleitos com o Lema, e indiretamente beneficiados pela sua campanha. Ao não ceder às pressões, foi denunciado por crimes que não cometeu. Começava o processo de cassação, que tumultuou o final do ano de 2014 e o início de 2015.
2015: Os primeiros meses foram atrapalhados pelas negociações e energia gasta para se manter no cargo e outros problemas graves, como uma invasão à casa do prefeito e agressão à sua esposa, até hoje não esclarecido.
Em 30/04/2015 depois de enfrentar todas as dificuldades causadas pela oposição, o que custou muita energia do governo, a Câmara cassou ilegalmente o mandato do prefeito, erro que só seria corrigido pelo Supremo Tribunal Federal no final de novembro. Durante este período, o vice-prefeito, aliado aos opositores, passou a desmontar a equipe e as ações que estavam em andamento, atrapalhando ainda mais a cidade.
Blascke retornaria à prefeitura apenas em 21/11/2015, quando todo dinheiro do ano já tinha sido gasto. Além disso, o orçamento de 2016, ou seja, o planejamento do próximo ano, já havia sido feito – indevidamente – pelos que o cassaram. Era necessário remontar a equipe, desfazer malfeitos, refazer o planejamento de 2016. Ou seja, praticamente começar do zero, para um último ano de governo, com eleições e outras dificuldades.
Veja aqui um resumo do que foi feito em dois anos (2013-2015)
2016: O ano começou ainda com a correção dos problemas do ano anterior. E foi um ano curto. Todos sabem que em ano de eleição as coisas ficam mais lentas, há prazos a cumprir que dificultam concursos e licitações. Além disso o Brasil enfrentava a cassação também ilegal e através de um golpe - da presidenta Dilma Rousseff. A crise política já havia contaminado a economia, reduzindo as receitas de todas as prefeituras. Não era diferente em Leme. Tudo ficava mais difícil.
Ou seja, dos esperados quatro anos, Paulo Blascke só governou menos de 3, e ainda assim com uma grave e ilegal interrupção no meio que destruiu boa parte do que havia sido iniciado, e enfrentando um momento de crises econômicas e políticas em Leme e no Brasil. Mesmo assim, como você vai ver em seguida, muitas coisas foram feitas.
As ações mais importantes de cada secretaria
Agricultura, pecuária e desenvolvimento agrário. Israel Lavezzo
Assistência e desenvolvimento social. Mauro Donizeti Vitor
Fundo Social de Solidariedade. Sandra Lazzarini
Indústria e comércio e Emprego e Relações do Trabalho. Pedro Bueno
Saecil. Reinaldo Barros Cicone
Nota do PT sobre a Saecil. Executiva Municipal
Santa Casa. Executiva Municipal
Nota do PT sobre a Santa Casa. Executiva Municipal
Saúde. Executiva Municipal
A Câmara Municipal. Bel Parolim
