Leme

A Saecil não pode andar para trás

Aprovada em 6 de setembro de 2017

ícone relógio04/01/2022 às 01:09:24- atualizado em  
A Saecil não pode andar para trás

A SAECIL NÃO PODE ANDAR PARA TRÁS

Lei de Wagão desperdiça 10 bilhões de litros de água

 

No curto período de tempo que o estivemos à frente da Saecil, menos de três anos, realizamos grandes mudanças na Saecil: transparência das ações, normatização de procedimentos, redução do clientelismo e dos cargos comissionados, convênio com agência reguladora e elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, conforme determina a lei, entre várias outras.

Elaboramos o Programa de Combate às Perdas de Água Tratada com uma série de ações entre 2015-2024. Em 2016, a Lei 3.493 estabeleceu metas mínimas. Agora, o prefeito Wagão e vereadores submissos criaram a Lei 3.628/17, que rasga a anterior e abandona o Programa. 

A lei de 2016 exigia que a Saecil reduzisse o índice de 57% de água perdida até 2015 para no máximo 32% em 2024.  A nova lei permite perdas de 35% até 2034 - daqui a 17 anos.

A nova lei prevê que o programa só vai começar em 2019. Quem propõe isso não quer fazer nada. Reduzir perdas exige trabalho, estudo, dedicação, investimento, planejamento. Não vemos nada disso ocorrendo, infelizmente. É um desrespeito à cidade e aos funcionários da Saecil que tanto trabalharam para elaborar o Programa.

Reduzir perdas permitiria deixar mais água no Ribeirão do Roque, gastar menos energia e produtos químicos, e atender toda a cidade, mesmo com o crescimento previsto. E poderia reduzir a tarifa a médio prazo. E não há mais água no rio para ser retirada, como vimos em 2015.

Com a lei Wagão, em comparação com a lei de 2016 e segundo dados de 2015, a Saecil jogará fora, até 2024, aproximadamente 10 bilhões de litros de água tratada, quase 30 milhões de reais. Isso equivale a mais de um ano da conta de água paga por cada um de nós. Em relação ao Programa de combate às perdas, o prejuízo é ainda maior: pode chegar a 20 bilhões de litros e 50 milhões de reais, quase duas vezes a arrecadação anual da Saecil.

A Saecil poderia investir até 2 milhões de reais ao ano no programa e isso seria recuperado rapidamente. Este dinheiro estava no caixa, separado para isso. 

Ignorar o Programa exige mais recursos para captação, tratamento e reservação para jogar mais da metade da água fora. Por isso revogaram o artigo que proibia temporariamente novos investimentos, desnecessários. Se agora querem gastar o dinheiro para aumentar o volume tratado e reservado, em nada vão reduzir as perdas. Por isso repudiamos e denunciamos esta iniciativa absurda. Leme e o meio ambiente merecem respeito. 

Leme, 6 de setembro de 2017

Executiva Municipal
Partido dos Trabalhadores
Leme-SP