Leme

A História do PT em Leme

Aqui você vai encontrar um pouco de nossa história e de alguns de seus protagonistas.

ícone relógio04/01/2022 às 01:20:58- atualizado em  
A História do PT em Leme

Recorte de jornal sobre a greve dos canavieiros, 1986

 

Militantes forjados na luta contra a ditadura militar

 

O PT surge do combate de muitos companheiros, em muitas frentes, contra o regime que se instalou após o golpe militar que derrubou João Goulart em 1964.

Leme também sofreu consequências daquele golpe. Ao menos duas delas diretamente: a cassação de um prefeito eleito e o assassinato de uma lemense.

 

Leme e a Ditadura Militar

O prefeito Orlando Leme Franco foi cassado em 1969 e o Decreto nº 70.065, de 26 de Janeiro de 1972 decretou a intervenção e nomeou um interventor. A cassação pode ser encontrada nesse livro organizado pela Câmara dos Deputados.

Além da cassação do prefeito, Leme teria também uma de suas cidadãs perseguida e morta pela ditadura militar. Maria Augusta Thomaz, nascida em Leme, e militante contra o regime, foi executada pelos agentes do estado em Goiás, em 1973. Outro crime foi o ocultamento do seu cadáver. O próprio STM a absolveu em 1976 por falta de provas.

Maria Augusta Thomaz. Saiba mais clicando aqui.

 

 

Nacionalmente a Fundação Oficial do PT foi em 10 de fevereiro de 1980.

 

Leia o Manifesto de Fundação do PT 

Saiba mais sobre a história do PT e a ditadura

Leia a nota oficial do PT Leme sobre o golpe militar

 

Em outubro deste mesmo ano um conjunto de pessoas começou a ser organizar em Leme para montar o Diretório Local, que seria oficialmente fundado em novembro de 1981.

Entre estas pessoas destacavam-se Izelda Amadeu, Wilhelmina M. Werkhoven, Tadeu A. Dix Cunha que era membro do Diretório Estadual e morava em Pirassununga, Valentin Ferreira, Antônio Roversi (Cristão) e Douglas Dias Ferreira.

Izelda e Vilma no 8 de março de 2020.

 

Na fundação oficial o PT de Leme já contava com mais de 150 filiados, recrutados principalmente entre amigos, parentes, colegas de trabalho e conhecidos, desde que dispostos a criar uma organização que lutasse por justiça e democracia.

 

A divulgação das ideias do novo partido era feita de forma militante, sem recursos ou estrutura: reuniões nas casas, à noite durante a semana. Geralmente em torno de um bolo caseiro com café. Dada a origem ligada às Comunidades Eclesiais de Base da Igreja Católica da maioria, não raro era começar a conversa com base em algum trecho do evangelho.

 

Também o 1º de maio era uma data importante a ser marcada, como dia de luta contra a exploração. E o PT Leme já em 1982 estava presente

Boletim do PT Leme sobre o 1º de Maio, 1982.

 

 

Se não havia apoio material, havia apoio político de muitos militantes antigos de São Paulo, de dirigentes estaduais, e depois de deputados, entre eles Djalma Bom e Geraldinho Siqueira.

 

Djalma Bom, 1981

 

 

A campanha eleitoral de 1982 foi o primeiro teste para o PT em nível nacional e em Leme. Antes disso, porém, já havia um trabalho de divulgação do partido aqui na procissão de Corpus Christi, em muros com símbolos e as palavras de ordem mais importantes, como “Trabalhador vota em trabalhador” e “A terra é para quem nela trabalha”; panfletagens nas maiores indústrias como a Bonfanti, o Curtume, a Cianê e nas escolas como Newton Prado e Escola Técnica.

 

Material de campanha das eleições gerais de 1982. Governador, Senador, Deputados.

 

Com o tempo outros foram se juntando, entre eles os então estudantes Adriano Donadel, os irmãos Plínio e Renato Táboas, Maurício Vicentin, os irmãos João e Orlando (Didi) Gonçalves Bueno.

Os candidatos a prefeito e vice naquela eleição foram Valentin Ferreira e João Arnaldo Gentina.

Outra parte do Material de Campanha de 1982. Prefeito, vice e vereadores do PT.

 

 

Outro material da campanha de 1982

 

 

Para a Câmara foram lançados Izelda Amadeu, Antonio Roversi, Mário Godoy, Maurício Sapatin, Ataliba de Oliveira e Douglas Dias Ferreira.

 

 

Comício da Campanha de 1982 em Leme. Atrás de Lula identificamos: “Cristão”, Izelda, Valentin.

 

 

Público durante comício da campanha 1982 em Leme.

 

 

O prefeito eleito foi Orlando Leme Franco (MDB), que voltava à ativa depois da anistia. O candidato do PT atingiria 4,6% dos votos válidos.

CandidatosPartidoNo. de Votos
ORLANDO LEME FRANCOPMDB8.269
SIDNEY VALENTIM DOZZI TEZZAPDS4.918
FRANCISCO JOSE CHICO FERNANDESPMDB3.029
SERGIO ANTONIO ANTUNESPDS1.202
VALENTIN FERREIRAPT882
PAULO SERGIO LEITE NERYPDS462
JOAQUIM LOPES TROYAPMDB328
JOSE DE OLIVEIRAPDT83

 

Esta foi a composição da Câmara Eleita: 5 vereadores ligados à ditadura (PDS) e 8 do MDB. Entre eles, Virgínia era esposa do prefeito eleito e Esmeraldino, que viria ser o candidato do MDB nas próximas eleições, 1988. 

CandidatosPartido
ADEMAR MONTEIROPDS
EDJALMA GONCALVES DA SILVAPDS
JOSE CARLOS GERACIPDS
LUIZ SIMIONI JUNIORPDS
NICANOR DENOFRIOPDS
ALCIDES BACCIOTTIPMDB
CARLOS LEME DE ARRUDA OLIVEIRAPMDB
CLOVIS BIM TAMBORIMPMDB
ESMERALDINO ANTONIO DE OLIVEIRAPMDB
FRANCISCO D'ANGELO NETOPMDB
NELSON ANTONIO MAXIMOPMDB
RAFAEL HENRIQUE FININHO URBANPMDB
VIRGINIA SCHWENGER LEME FRANCOPMDB

 

O PT não elegeu vereador, mas mesmo recém-nascido já incomodava. Até militantes de pequenas cidades já eram ameaçados anonimamente, por cartas como esta, ainda em 1983:

 

Carta endereçada por um grupo paramilitar a militantes petistas, 1983.

 

Greve dos canavieiros

Um momento de destaque em nossa história foi a greve dos canavieiros de 1986. Aí não eram mais apenas ameaças, mas ataques brutais e diretos.

Para saber mais, leia o relato de Luis Eduardo Greenhalgh, presente nos acontecimentos juntos com várias outras lideranças nacionais do PT, como Djalma Bom e José Genoino.

 

Jornal do PT, 1986.

 

 

Nacionalmente famosa devido à violência policial que causou duas mortes, de Orlando Correia e de Sibely Aparecida Manoel, foi um momento para os trabalhadores reconhecerem no PT um importante aliado.

Boletim do PT Leme sobre os acontecimentos da greve

 

Anos se passaram até que os culpados fossem apontados, sem o destaque das acusações feitas ao PT

 

 

Essa parte da história de Leme não pode ser esquecida. Em outubro de 2022, boletim da UTG (União Geral dos Trabalhadores), Central à qual o Sindicato dos Empregados Rurais de Leme é ligado, publicou Boletim número 48, com algumas páginas sobre a greve de 1986, reproduzidas abaixo:

Boletim 48 UTG, outubro 2022. p.2.

 

 

Boletim 48 UTG, outubro 2022. p.3.

 

 

Os dois anos seguintes, 1987 e 1988, seriam marcados pela disputa de projetos em torno da Constituinte e na oposição ao governo Sarney. A luta pelos direitos dos trabalhadores continuava em Leme. 

Boletim do PT contra o “Centrão” original e o governo Sarney, 1988

 

Eleições 1988

Nas eleições municipais de 1988 o PT apresentou as candidaturas de Celso Táboas e Douglas Dias Ferreira para prefeito e vice.

Um dos materiais de campanha, 1988

 

Os candidatos a vereador seriam Antonio Carlos Ribeiro, Antonio Roversi, Arley Carlos da Silva, Ataliba Vicente Jr., João Heinzenreider, José Domingos, José Luiz Kawamura, José Luiz Peliçari, Nelson Cabrera, Osvaldo Rodrigues Maciel, Paulo José Rovai, Romário Penedo de Souza, Sandoval Alves Brito e Valentin Ferreira. Pela primeira vez, já na segunda eleição, o PT elegeria dois vereadores na cidade: José Luiz Kawamura e Valentin Ferreira: 2 em 17! Veja a câmara eleita na ocasião. Dois da esquerda, nove da direita (PFL, PL, PTB) e 6 do PMDB que ainda surfava na onda Plano Cruzado (o Cruzado II seria lançado logo após as eleições).

CandidatosPartido
CARLOS ANTONIO DINIZPFL
CLOVIS BIM TAMBORIMPFL
EDJALMA GONCALVES DA SILVAPFL
JOAO CARLOS CERBIPFL
JOAO CEZAR GAINOPFL
JOSE PARROTTIPFL
LUIZ SIMIONI JUNIORPFL
CLAUDIO FACCIOLIPL
AFONSO DE MORAES REGOPTB
ADEMAR MONTEIROPMDB
ENNI JORGE DRAIBPMDB
FRANCISCO D'ANGELO NETOPMDB
JOAO SEBASTIAOPMDB
JOUBERT PAGLIARI FACCIOLIPMDB
NELSON ANTONIO MAXIMOPMDB
JOSE LUIZ KAWAMURAPT
VALENTIN FERREIRAPT

O prefeito eleito seria o empresário Luiz Fernando Marchi, mas o PT atingiria 12,1% dos votos válidos, um grande crescimento frente a 1982.

 

CandidatosPartidoNo. de Votos
LUIZ FERNANDO MARCHIPFL11.437
ESMERALDINO ANTONIO DE OLIVEIRAPMDB10.257
CELSO ZOEGA TABOASPT3.032
ARLEY DE OLIVEIRAPL288

As eleições de 1992

A eleição de Collor e a campanha pelo Impeachment uniu a oposição no país. Em Leme PT e PSDB se coligaram pela primeira (e única) vez nas eleições municipais, em 1992.

Os candidatos apresentados pela coligação foram Valentin Ferreira e Sérgio Mancini e duas fortes listas de candidatos a vereador

Frente do material de campanha da coligação, 1992

 

 

Verso do material de campanha, 1992.

 

 

Com apenas 3 candidatos, o resultado eleitoral foi o seguinte:

CandidatosPartidoNo. de Votos
GERALDO MACARENKOPFL14.936
ORLANDO LEME FRANCOPMDB9.824
VALENTIN FERREIRAPT5.309

A eleição se polarizou entre o ex-prefeito Orlando Leme, que não se reelegeu, mas atraiu para si votos contra o candidato da situação, o então vice-prefeito Macarenko.

Mesmo assim o PT cresceu novamente, atingindo 17,7% dos votos válidos, mais que na eleição anterior. Para a Câmara Municipal o resultado não foi o esperado. O PSDB conseguiu eleger 2 vereadores com votos da coligação, mas o PT não, apesar da boa atuação dos vereadores do PT no mandato anterior, como pode ser visto num dos exemplos abaixo:

 Matéria da Folha de São Paulo sobre a atuação do vereador do PT, Valentin Ferreira, 1991.

 

 

A composição ficou assim: nove candidatos eleitos juntos com o prefeito, outros dois do PRN e PTB, 4 do PMDB e 2 do PSDB. 

CandidatosPartido
ADEMAR MONTEIROPFL
CLOVIS BIM TAMBORIMPFL
EDJALMA GONCALVES DA SILVAPFL
JOAO CARLOS CERBIPFL
JOSE PARROTTIPFL
JUVENIL CORREA DE ALMEIDAPFL
NICANOR DENOFRIOPFL
NILO SERGIO PINTOPFL
RICARDO MORAGHIPFL
DANIEL AUGUSTO DA SILVAPMDB
JOAO SERGIO KAWAMURAPMDB
JOUBERT PAGLIARI FACCIOLIPMDB
RONALDO LUIZ DONADELPMDB
CARLOS ANTONIO DINIZPRN
FRANCISCO JOSE FERNANDESPSDB
JOAO LUIZ SANTOROPSDB
AFONSO DE MORAES REGOPTB

 

Eleições 1996

Nas eleições de 1996 o PT lançaria Wilhelmina M. Werkhoven, a “Vilma”, uma de suas fundadoras, como candidata a prefeita da cidade. O vice seria Paulo Rovai

Material de campanha, 1996

 

Com o PSDB em alta devido ao Plano Real, lançado dois anos antes, Nilo Sérgio Pinto foi eleito com quase 60% dos votos válidos. A aliança entre dois antigos adversário e ex-prefeitos, Luizinho (agora no PMDB) e Orlando Leme não conseguiu convencer a população e obteve 26% dos votos. Pela primeira vez o PT teria menos votos que na eleição anterior, atingindo apenas 11% dos votos válidos.

CandidatosPartidoNo. de Votos
NILO SERGIO PINTOPSDB20.913
LUIZ FERNANDO MARCHIPMDB9.144
WILHELMINA MARIA WERKHOVENPT3.777
CLAUDIO FACCIOLIPL1.259

 

O PT lançou uma chapa forte, com 17 candidatos.

Nome
ADAO MEDEIROS
ALCIDES RIBERTO ROVAI
BENEDITO ZACARIOTTO
CARLOS HENRIQUE DA ROZ
CICERA SUELI DE ANDRADE
FRANCISCO DE ASSIS MORAES DA ROCHA
JOSE APARECIDO DOMINGUES DE SANTANA
JOSE LUIZ PELICARI
JOSE ROBERTO BRAGHIN
MARCIO APARECIDO FAVERI
MARIA ANTONIA PELUQUE COLORADO
NORBERTO NATAL MESSIAS
OSVALDO RODRIGUES MACIEL
PAULO BENEDITO NOEL MILESI
PAULO ROBERTO BLASCKE
SANDRA MARIA LAZZARINI
VALENTIN FERREIRA

 

Mesmo assim, por pouco não conseguiu atingir o quociente eleitoral e não elegeu vereador novamente.

Na Câmara Municipal o poder se fragmenta um pouco mais em relação às eleições anteriores, mas o prefeito elegeria apenas 3 vereadores do seu partido entre os 17. Seriam 4 do PMDB e do PDT, 3 do PFL, PTB e PSDB. 

CandidatosPartido
CLOVIS BIM TAMBORIMPDT
DEUSLENE APARECIDO FERRETTEPDT
MARIA OLGA PEIXE BONFANTI ANITELLIPDT
OROZIMBO SANDOVALPDT
EDJALMA GONCALVES DA SILVAPFL
JOSE MARTINSPFL
JOSE PARROTTIPFL
DANIEL AUGUSTO DA SILVAPMDB
JOAO MACHADOPMDB
JOEL ROBERTO DE GOES PINTOPMDB
JOUBERT PAGLIARI FACCIOLIPMDB
JOAO LUIZ SANTOROPSDB
PEDRO TADEU CHERVOPSDB
RITA IVONETE NASSIF GIMENEZPSDB
ANTONIO ALVES SANTOSPTB
JOSE FRANCISCO FANTINPTB
SEBASTIAO DONIZETI BAZONPTB

 

As eleições de 2000

O PT lançou então um ex-coletor de lixo e fundador do sindicato dos servidores municipais, Paulo Roberto Blascke, como seu candidato. O candidato a vice foi Marcos Zani. A novidade, o trabalho do partido em Leme e a questão nacional, que mostrava o fracasso das políticas neoliberais de FHC e do PSDB, fizeram a votação do PT crescer novamente, voltando a 17,7% dos votos, mesmo numa eleição acirrada como aquela. Para saber mais da história de Paulo Blascke, clique aqui.

Plano de governo de Blascke e Zani, 2000.

 

 

As eleições de 2000 em Leme são marcadas pela disputa entre 3 ex-prefeitos, sendo um deles candidato a reeleição, permitida pela primeira vez. O prefeito Nilo ficou em segundo lugar, sendo superado por Macarenko, que retornou à prefeitura, e com poucos votos a mais que Luizinho Marchi.

CandidatosNo. de Votos
GERALDO MACARENKO - PFL (PPB / PDT / PPS PHS / PV)15.066
NILO SÉRGIO PINTO - PSDB (PSB)9.083
LUIZ FERNANDO MARCHI - PMDB (PL  / PTB)9.018
PAULO ROBERTO BLASCKE - PT7.146

 

E esta foi a chapa de vereadores apresentada pelo PT em 2000.

Candidato
Adão Medeiros
Benedito Zaccariotto
Carlos Henrique Rocha Dopp
João Carlos Pacheco
José Roberto Braghim
Josiel Rodrigo de Moraes Ramalho
Jurandir da Silva Guidini
Maria Izabel Aparecida Parolim
Norberto Natal Messias
Osvaldo Rodrigues Maciel
Paulo Benedito Noel Milesi
Paulo José Rovai
Sandra Maria Lazzarini
Vania Pereira de Assis

 

Mesmo isolado por coligações tão fortes, o PT consegue eleger Maria Izabel Parolim, retornando à Câmara Municipal. Para conhecer mais sobre este período, leia texto da Bel Parolim, aqui.

E assim ficou a composição da Câmara, ainda mais fragmentada e com o prefeito elegendo minoria.

NomePartido
MARIA IZABEL APARECIDA PAROLIMPT
CLÓVIS JOSÉ TAMBORINPDT
JOSE PARROTTIPFL
JUVENIL CORREA DE ALMEIDAPFL
LUIZ SIMIONI JUNIORPFL
JOÃO MACHADOPMDB
JOÃO SEBASTIÃOPMDB
JOUBERT PAGLIARI FACCIOLIPMDB
JOSE EDUARDO GIACOMELLIPP
OROZIMBO SANDOVALPP
GUSTAVO ANTONIO CASSIOLATO FAGGIONPSB
EDMILSON ADRIANOPSDB
JOÃO LUIZ SANTOROPSDB
SEBASTIÃO APÓSTOLO VILELAPSDB
ADEMIR ALBANO LOPESPTB
JOSÉ MARTINSPTB
MARCIA LENTZPTB

 

O PT seguia com vereadores combativos que tentavam fiscalizar as ações do executivo

Jornal destaca a ação de Bel Parolim na Câmara, 2004

 

Eleições 2004

As eleições 2004 ocorreram em um Brasil querendo mudanças, já marcado pela eleição de Lula em 2002. Em Leme o PT reapresentou a candidatura de Paulo Blascke, que concorreria novamente contra dois ex-prefeitos, Macarenko (PTB) querendo a reeleição e Nilo Pinto (PSDB).

Os vices merecem destaque nesta eleição. No PSDB, um ex-vereador do PMDB (Beto Faccioli). No PTB, Wagão, que viria a ser prefeito e, no PT, um conhecido empresário maçom, Kamal Taufic Nacif.

Kamal, o deputado João Paulo Cunha e Blascke, 2004.

 

O resultado mostrou um grande crescimento do PT que atingiria sua maior votação na cidade desde a fundação, 32,3% dos votos válidos, isolado na segunda opção dos eleitores. O PSDB perdia cada vez mais apoios.

CandidatoPartidoVotos Nominais
GERALDO MACARENKOPTB (PP / PDT / PMDB / PL / PPS / PFL / PSB / PV)20.148
PAULO ROBERTO BLASCKEPT (PCdoB)14.635
NILO SERGIO PINTOPSDB10.486

 

A coligação PT / PC do B lançou 19 candidatos a vereador:

Nome
Angelo Donizeti Gonçalves da Silva
Benedito Zaccariotto
Carlos Aparecido Lopes
Cicera Sueli de Andrade
Elisabeth Pedrina Pinheiro
Eloisa Caetano Shimamura
João Pedro de Oliveira
José Luis Kawamura
José Roberto Braghim
Josiel Rodrigo de Moraes Ramalho
Julio Cesar Cruz Guillens
Marcos Roberto Zani
Maria Antonia Peluque Clorado
Maria Isabel Aparecida Parolim
Moacir Marques Brandão
Odair Barboza (PC do B)
Paulo Sergio Zaccariotto
Pedro Luis Bueno
Vandir Silvino da Silva

 

Extraordinariamente esta legislatura teve apenas 10 vereadores, devido à decisão do TSE que regulamentou a Constituição. Mesmo com a redução o PT elegeu dois vereadores, Paulo Zaccariotto e José Luiz Kawamura, que retornava à Câmara. Zaccariotto deixou o partido logo no início do mandato.

E assim ficou a composição da Câmara em 2004

VereadorPartido
JOÃO MACHADOPMDB
JOÃO CARLOS CERBIPP
JOSÉ EDUARDO GIACOMELLIPP
DEUSLENE APARECIDO FERRETIPPS
EDUARDO CONSTANTINO MARQUES DE OLIVEIRAPSDB
RITA IVONETE NASSIF GIMENEZPSDB
JOSÉ LUIS KAWAMURAPT
PAULO SERGIO ZACCARIOTTOPT
ADEMIR ALBANO LOPESPTB
PEDRO DE SOUZAPTB

 

Eleições 2008

Em 2008 a coligação PT / PC do B lançou novamente Paulo Blascke, com José Luiz Kawamura como vice. A campanha reforçava o apoio que o governo federal, já com Lula, dava ao município.

Material de campanha, 2008

 

A eleição aconteceu após a cassação do prefeito Geraldo Macarenko, substituído pelo seu vice Wagner Antunes, que articulou uma forte base parlamentar. Essa base foi decisiva para o resultado das eleições.

 Candidato  Partido  Votos 
 Wagner Ricardo Antunes Filho  DEM (PRB/PP/PDT/PTB/PMDB/PSC/PR/PPS/PSB)         39.127 
 Paulo Roberto Blascke  PT / PC do B            7.460 
 Ruvier Donadel Junior - PSDB  PSDB            1.501 
 Arnaldo Camillo Junior - PTN  PTN               774 

Wagão obteve mais de 80% dos votos válidos. O PT se consolidava como opção na cidade, mas com votação menor do que em 2004. O PSDB perdia ainda mais votos.

Para a Câmara foram lançados vinte candidatos, sendo os mais votados Flávia Terossi Dias, Valentim Ferreira e Bel Parolim. Apesar da alta votação da chapa, quase 4 mil votos, a coligação não atingiu o quociente eleitoral e não elegeu vereadores.

 

Eleições 2012 e depois…

Em 2012 o PT ficou novamente em segundo lugar, mas acabou assumindo a prefeitura em 2013 depois da cassação de Sérgio Dellai (Lema) por crime eleitoral. Paulo Blascke assumiu a prefeitura em abril. Na Câmara poderia contar com apenas uma vereadora entre 17, Bel Parolim, que voltava ao legislativo.

Sobre o Governo Blascke, veja aqui.

Sobre a Câmara Municipal neste período, veja aqui.

Atualizações…

O PT em Leme 2020 e 2021: https://leme.sp.pt.org.br/noticias/leme/8049/2022-01-04-o-pt-leme-em-2020-e-2021 

Agenda 2022

https://leme.sp.pt.org.br/noticias/leme/8044/2022-01-04-agenda-do-pt-leme 

 

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A história do PT em Leme, como em todas as outras cidades, é fruto de décadas do trabalho coletivo de centenas de filiados, dezenas de militantes comprometidos com a construção de um Brasil mais justo. Estaremos sempre atualizando este material para que ele seja o mais representativo possível. Este texto, ainda que incompleto, é uma homenagem aos que estão no PT, aos que já faleceram e aos que nos deixaram, mas continuam nossos amigos e companheiros de luta.

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