Leme

Jandyra Uehara se reúne com a Direção do PT em Leme

Além da direção do PT, dirigente da CUT visitou o sindicato dos metúrgicos da cidade.

ícone relógio21/04/2022 às 17:37:28- atualizado em  
Jandyra Uehara se reúne com a Direção do PT em Leme

Jandyra, em Leme


 A Secretária Nacional de Politicas Sociais e Direitos Humanos da CUT, Jandyra Uehara Alves, esteve reunida com a direção do PT, e outros interessados, em Leme na noite da última quarta-feira, 20 de abril. A sindicalista tratou aspectos importantes de sua formação, de sua atuação na CUT Nacional, o início de sua militância aos 16 anos, e sua família. 

Comentou também sobre os desafios da campanha eleitoral que se aproxima – ou já em andamento – das manobras de Bolsonaro para diminuir sua rejeição e das ações necessárias para garantir a eleição de Lula e, mais importante, sustentar o novo governo para que ele tenha força para realizar as transformações que o país precisa. Entre as tarefas, três se destacam: luta institucional, organização da população, disputa ideológica.

Jandyra falou também sobre a situação do Estado de São Paulo e as tarefas que caberão à nova gestão que ela espera seja dirigida por Fernando Haddad. 

Durante a tarde Jandyra também esteve em visita ao Sindicato dos Metalúrgicos de Leme, acompanhada do presidente do PT, Reinaldo Barros Cicone. Foi recebida pelo presidente do Sindicato, Laércio Barbieri e Wilson Moreira, e discutiram a questão do emprego no Brasil, desafios do movimento sindical e as pautas comuns da CUT e da Força Sindical.

 

Laércio Barbieri e Jandyra Uehara, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos.

 

Laércio, Jandyra, Reinaldo Cicone e Wilson Moreira, 20/abril/22.

 

 



Veja os principais trechos do debate  com a direção do PT no vídeo a seguir:

 

Para saber mais sobre Jandyra:
Jandyra iniciou seus estudos em Diadema, na escola estadual do bairro – GESC de Eldorado, atualmente EE Simon Bolivar. Concluiu o ensino médio na EE Senador Filinto Muller, onde participou em 1981 do primeiro movimento para mudar o nome da escola que homenageava o chefe da polícia da ditadura Vargas, e qu extraditou Olga Benário Prestes à Alemanha nazista, condenando-a a pena de morte. A mudança do nome só aconteceu em 2017 para Escola Estadual Professora Sylvia Ramos Esquivel.

Estudou Letras na Universidade Metodista e formou-se em Pedagogia na FASB; foi professora do Mobral, trabalhando com alfabetização de adultos já aos 16 anos; de 1982 a 1984, trabalhou em setores administrativos da Prefeitura de São Bernardo do Campo, e, entre 1985 e 1989, foi professora da rede estadual de ensino, atuando na Escola Oficina do Parque Dom Pedro, uma escola construtivista experimental para crianças e jovens que viviam nas ruas da capital, e posteriormente em escolas estaduais de Diadema. Trabalhou na extinta Secretaria do Menor de 1989 a 1992, como supervisora técnica no Programa Casa Moradia, para a inserção na escola e no trabalho de adolescentes que perderam os vínculos com a família e depois como diretora do Clube da Turma de Itaquera, que atendia cerca de 700 crianças da região com programas de cultura, esporte e lazer no contraturno escolar.

Ingressou no PCdoB – Partido Comunista do Brasil – em 1981 e, aos 18 anos, fez parte da comissão pró-legalização do partido em Diadema. Em 1990, ingressou no PT – Partido dos Trabalhadores, foi membro da executiva e do diretório municipal em Diadema e atualmente integra o Diretório Nacional do PT.

Em 1992, ingressou no primeiro concurso público para agente de cultura na Prefeitura de Diadema, onde atuou primeiramente na área de difusão cultural (teatro e cinema) e na gestão da política cultural entre 1993 e 1995. No ano de 1996, foi trabalhar com o jornalista Alípio Freire, então diretor de comunicação da Prefeitura de Diadema. De 1997 a 2000, trabalhou no Centro de Memória de Diadema na organização do acervo, contribuindo na elaboração de livros e materiais didáticos sobre a história local.

De 2001 a 2004, atuou na assessoria do mandato feminista e socialista da vereadora petista Irene dos Santos, na Câmara Municipal de Diadema,

Em 2005, depois de atuar na oposição cutista do Sindema – Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema, seu grupo venceu a eleição e Jandyra assumiu a vice-presidência do sindicato. Foi eleita presidenta em 2008 e reeleita em 2014.

Em 2012, passou a integrar a Executiva Nacional da CUT, passando a atuar também na representação de trabalhadores/as em conselhos, comissões e instâncias tripartites durante o governo Dilma. Na estrutura vertical da CUT, seu ramo é o dos municipais, organizado em nível nacional na CONFETAM – Confederação Nacional dos Trabalhadores Municipais da CUT e em nível estadual na FETAM-SP. A defesa dos serviços públicos e das políticas sociais e o combate às políticas neoliberais são temas centrais na sua atuação sindical.

No 12° CONCUT, em 2015 assume a Secretaria Nacional de Políticas Sociais e Direitos Humanos, quando a central decidiu ampliar a ação da secretaria para a defesa dos direitos humanos no mundo do trabalho.

Depois do golpe de 2016, a SNPSDH intensificou as ações de organização da resistência dos/as trabalhadores/as com deficiência e LGBTIs, cujos coletivos nacionais estão sob a coordenação da secretaria. Em 2021, lançou o Almanaque LGBTQIA+ da CUT.

Em 2016 e 2017, participou das 105ª e 106ª Conferências Internacionais do Trabalho para a revisão e atualização da Recomendação 71 da OIT da OIT - Emprego e Trabalho decente para a paz e a resiliência, que trata de empregos, trabalho decente e direitos sociais e humanos nas situações de crise provocadas por guerras, conflitos e desastres, inclusive pandemias. Desde 2018, é membro suplente no Conselho Geral da CSI – Confederação Sindical Internacional.

A partir de 2019, frente ao período brutal de retrocessos, ataques às políticas de inclusão social e aos direitos humanos no país e criminalização dos movimentos popular e sindical,  a SNPSDH desenvolve o programa Democracia, Segurança e Direitos Humanos na Ação Sindical, realiza uma série de debates, oficinas e formações sobre o tema. Em 2021, a secretaria organizou e lançou o livro “ Democracia e Direitos Humanos no Brasil: A ofensiva das direitas (2016-2020)” e os Manuais de Segurança Preventiva Militante e Segurança Digital. O programa prossegue com novo ciclo de debates, oficinas, formação e na organização de coletivos regionais e do Coletivo Nacional de Direitos Humanos da CUT.